Isaac Warden Lewis
Em um sítio,
Leôncio Souza resolveu criar porcos. Construiu um prédio de cinco metros de
comprimento, três metros de largura, com tijolos até um metro e meio de altura,
com teto de dois metros e meio de altura, aberto do lado para que o vento
refrescasse o ambiente. Colocou uma porta de um metro e meio de altura e um
metro de largura. Colocou no meio dessa cabana três chuveiros ou duchas para
que os porcos pudessem se banhar todos os dias. Também Leôncio Souza
preocupou-se com a qualidade do alimento de seus porcos. Ao invés de restos de
comida, ele consultou um veterinário que lhe recomendou que desse frutas e
grãos saudáveis para manter boa a saúde dos porcos. Alguns vizinhos chamavam a
cabana de porcos de Leôncio Souza de “Paraíso dos Porcos do Leôncio” Além disso, Leôncio Souza decidiu nomear seus porcos com nomes de seres humanos. Citaremos alguns desses nomes: Uma porca foi chanada de Elizabete; outra, de Virgínia; outra de Josefina; outra de Joana; outra, de Catarina. Um porco foi chamado de Alexandre; Outro, de César; outro, de Napoleão. Três porcos que viviam sempre juntos e matutando foram chamados de Sócrates, Buda e Confúcio..
Efetivamente, esse paraíso virou atração turística, pois muitas pessoas começaram a visitar a cabana. A maioria dos visitantes ficava perplexa porque os porcos pareciam muito felizes com o tratamento que usufruíam no sítio de Leôncio. Demonstravam gostar de sua alimentação saudável, pois comiam prazerosamente. De manhã e à tarde, Leôncio abria o chuveiro e os porcos corriam para se banharem prazerosamente. Pareciam adorar tomar banho para se refrescarem. A cabana estava sempre limpa. Os porcos corriam uns atrás dos outros. Parecia não terem preocupações. Um porco mais velho, chamado Esopo, contava histórias estranhas. Ele dizia que a vida que os porcos levavam no “Paraíso” era determinada por um ser divino que providenciava para que os porcos tivessem uma vida prazerosa. Alguns porcos duvidavam dessa história porque era um humano que sempre trazia alimentos para os porcos e era ele que fazia a água cair do chuveiro. Para esses porcos, era mistério o lugar de onde o humano trazia alimentos e como ele fazia a água cair do chuveiro. Também se perguntavam até quando teriam alimento e água e ainda estranhavam que o humano levava alguns porcos mais gordos de vez em quando. Também não sabiam explicar o que acontecia com seus parentes mais gordos, pois sempre ouviam choros e gritos deles vindo de um galpão e, depois disso, nunca mais viam seus parentes gordos. Observavam, porém, que o humano e os seus familiares ficavam cada vez mais gordos e saudáveis.
Os porcos Sócrates, Buda e Confúcio expressaram suas dúvidas, preocupações e desconfianças
para o porco mais velho, contador de histórias. Esopo respondeu-lhes que o mundo
era cheio de mistérios ininteligíveis e que eles deveriam confiar no ser divino
que criou o mundo, os seres vivos e todas as coisas e que deveríamos todos ser felizes pelo que o
“Paraíso” nos dava todos os dias.
Essa resposta
não contentou os três porcos descontentes e se tornaram infelizes depois disso.
Entretanto os outros porcos continuaram felizes, alimentando-se com as frutas e
os grâos oferecidos por Leôncio Souza, divertindo-se, não se preocupando com os problemas apresentados pelos porcos questionadores..
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Manaus, abril,
2023..
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