Isaac Warden Lewis*
O
filósofo Karl Marx nos ensinou que ser radical é ir à raiz das coisas. Na
sociedade brasileira colonizada, há algum tempo, alguns políticos
oposicionistas criticam e condenam as instituições dessa sociedade, sem se dar
ao trabalho de estudar a raiz dos problemas que alegam combater. Acham bonito
fazer oposição pelo prazer de fazer oposição e não querem assumir
responsabilidade por seus atos. Por isso, não gostam da Revolução francesa ou
da Revolução russa ou da Revolução chinesa ou da Revolução cubana porque os revolucionários condenaram seus inimigos à morte.
Nesse
contexto, esperávamos, com todo respeito, que o Senhor Luiz Inácio Lula da
Silva, presidente da República Federativa do Brasil, analisasse as
consequências de suas críticas e de suas ações. A sua crítica ao genocídio
praticado pelo governo de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza é
pertinente, porém insuficiente para entendermos a raiz do problema. Ele deveria
ter criticado também o governo dos Estados Unidos que fornecem armas e apoio
logístico para o governo de Israel (um país colonizado) realizar massacre de
seres humanos na Faixa de Gaza. Também o Senhor Luiz Inácio Lula da Silva
deveria ser radical com relação a todos os genocídios que ocorrem também no
Brasil (outro país colonizado). O presidente do Brasil não fez crítica
contundente aos genocídios praticados por governadores e secretários de
segurança criminosos nazistas do Rio de Janeiro, da Bahia e de São Paulo. Neste
último estado, o Senhor Presidente ainda associou-se ao governador para
celebrar um contrato de construção de um túnel, tornando-se conivente com os
crimes contra a humanidade da periferia,
.praticados pelo governo de São Paulo. Será que a construção de um túnel vale
mais que as vidas assassinadas pelo governador e seu secretário de segurança?
Essa associação espúria foi comemorada por empresários colonizados nazistas.
Lamentamos pelas famílias desfavorecidas que perderam seus parentes tão
horrosamente quanto os homens, as mulheres e seus filhos e suas filhas na Faixa
de Gaza.
Os
colonizadores portugueses massacraram nativos da América e da África com armas
produzidas por capitalistas de países colonizadores e com a pregação de amor e
conciliação por parte de padres católicos apoiados pelos referidos
capitalistas. Precisamos superar essa triste história.
..Manaus, março, 2024
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