segunda-feira, 7 de novembro de 2022

IDIOSSINCRASIAS DAS CLASSES FAVORECIDAS LUSOBRASILEIRAS EM PAÍS COLONIZADO

                                                                                           Isaac Warden Lewis

O Senhor Roberto Jefferson, ex-deputado, advogado, declarou, ao ser preso em sua residência, que ele não poderia ser preso porque ele não era do PCC. Ele poderia também acrescentar que não era do CV, do PC ou do PCB ou de qualquer partido anticapitalista e não era morador em uma favela. Ao que parece, todos os letrados, como ele e o ministro da Justiça, Anderson Torres são sobreviventes do período colonial português, por isso, ignoram todas as revoluções (intelectuais, comerciais, industriais, sociais) ocorridas na Europa do século XIV ao XIX que aboliram privilégios, condenaram discriminações e preconceitos contra as classes desfavorecidas. Não me consta que esse Ministro da Justiça tenha, alguma vez, se dirigido a uma favela da periferia invadida para investigar a legalidade ou a constitucionalidade de tais operações policiais. Tais invasões policiais covardes afetam mais o prestígio do país no mundo do que uma revolta de um deputado e advogado com visões de mundo muito mais confusas do que as defendidas pelos terroristas do Taliban ou do Boko Haram e as atitudes guerrilheiras destes terroristas são mais coerentes e honrosas do que o exemplo vergonhoso assumido pelo advogado e ex-deputado Roberto Jefferson.  

No período colonial, os navegantes portugueses que acharam o território brasileiro, por acaso, chegaram em caravelas, trazendo canhões, mosquetes, arcabuzes para atirarem covardemente nos nativos desarmados da América e da África em nome de Cristo para se apropriarem de suas terras e explorarem sua força de trabalho. Nas caravelas, também vieram ouvidores, juízes e promotores do rei para garantir a justiça e a ordem na colônia e punir os nativos que se rebelassem contra as ordens do rei e do papa.    O que as faculdades de Direito têm ensinado, de fato, a advogados como Roberto Jefferson e Anderson Torres? Será que estudam ainda as Ordenações medievais, prenhe de preconceitos e discriminações, promulgadas pelos reis de Portugal no período colonial? Os advogados formados em faculdades fundadas, segundo o programa de ensino vigente no período colonial e medieval, poderiam, ao menos, ler bons livros de História universal, consultando os eventos históricos ocorridos do século XIV ao XIX, época em que vigorava, no Brasil, a cultura medieval portuguesa.

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